Textos Inspiradores

o brasil tem MANIA de ME TOO - Silvio Meira

o brasil tem MANIA de ME TOO.

*vou fazer mais do mesmo que todo mundo faz*.
e ai, neste caso, seguir gente grande e ROUBADA. sempre.
o negocio, como se sabe, NAO e ir ATRAS da bola, mas correr pra onde a bola VAI ESTAR. perguntem a quem sabe jogar. me too e ATRAS da bola…

como a gente faz, como pais, quando tenta implementar POLITICAS de paises mais ricos/sofisticados com uma DECADA ou mais de atraso… quando as vezes elas NEM DERAM CERTO por la.

e PRECISO INOVAR. inovacao e a UNICA fonte de aumento SUSTENTADO de COMPETITIVIDADE. ta cheio de gente chegando, recem-doutor, num lugar qualquer e querendo montar SEU laboratorio, exatamente como tinha na sua instituicao de doutoramento, pra continuar *publicando* na *sua* area. mais do mesmo é isso aí mesmo. e ai sempre se vai muito perto. muito mais perto do que se poderia ir.

precisamos OLHAR, VER, ESCUTAR, OUVIR e ENTENDER o contexto. como os 500 milhoes de reais pra inovacao nas EMPRESAS so este ano, na finep, a fundo perdido, no edital de subvencao. UM PAIS MUDANDO ao nosso REDOR. e a gente querendo fazer MAIS DO MESMO. ano que vem tem mais. muito mais. fala-se em 700M.

me too, tambem, é tipo mais de uma duzia de candidatos pra tres vagas no CIN/UFPE. legal pro cin, pode escolher MUITO bem. mas é mais do mesmo.

cade as propostas revolucionarias, de centros inovadores, em INFORMATICA PRO AGRONEGOCIO, pais afora? quantos de nos ja rodaram mato grosso de CARRO, pra sentir o tamanho da demanda?… [so pra dar um exemplo?…]

movamo-nos. sempre e tempo. tempus fugit. ao ives de reclamar da FORMA dos concursos, CARPE DIEM. inventemo-nos. vamos criar um OUTRO mundo, se o que ai esta NAO nos serve. e… [como diz palazzo -e a minha vó amara] YES, we CAN!

Fontes:

Trecho de "A Derrota dos Intelectuais", de Stephen Kanitz

(…)

Todo país precisa de pessoas pensantes de várias disciplinas para, juntas, encontrar soluções para suas aflições. Os Estados Unidos devem muito a seus think tanks, como Brookings Institute, NBER, Russell Sage Foundation, muitos criados em 1910 e que contribuíram para o desenvolvimento do país. Leiam The Idea Brokers, de James A. Smith. Talvez seja por isso que o Brasil está à deriva, sem rumo e sem projeto. Pesquisem os sites de nossas principais universidades e procurem as “soluções para a corrupção”, "soluções para os juros altos”, “soluções para a questão da previdência”, “soluções para fazer o Brasil crescer”.

Quando muito, encontraremos papers de um professor ou outro, raramente uma solução multidisciplinar incluindo direito, economia, administração, demografia, sociologia, medicina, atuária, só para citar as áreas que deveriam se reunir para achar uma saída para a previdência, por exemplo.

Nossos planos de combate à inflação não foram criados por universidades com o concurso de psicólogos, contadores de custos, administradores, advogados, publicitários, economistas de várias escolas, como deveria ter ocorrido. O mais dramático dos planos, o Plano Collor, foi elaborado às pressas por três economistas enfurnados num hotel.

O cerne do conceito de universidade é justamente congregar intelectuais num mesmo lugar ou “universo”, para que eles pesquisem e proponham soluções em conjunto. Se fosse para todos ficarem enfurnados em suas faculdades, não necessitaríamos de universidades. Quando eles assinam algo em conjunto, são muitas vezes abaixo-assinados ou artigos que não vão além da crítica, destrutiva de preferência, ou platitudes como “precisamos aumentar os gastos com a educação”.

Nossos intelectuais, com notórias exceções, têm muita dificuldade para desenvolver trabalhos em grupo. A grande maioria é no fundo individualista, egocêntrica, vaidosa e persegue seus interesses pessoais de pesquisa. Muitas das qualidades que eles próprios criticam e odeiam.

No setor privado, quem não sabe trabalhar em equipe ou em grupo não mantém o emprego nem um dia sequer. Não é esse tipo de intelectual de que o Brasil desesperadamente necessita. Intelectuais custam caro. Sustentá-los para que fiquem pensando por nós nas faculdades é um luxo que somente países desenvolvidos têm condições de custear. Nossos intelectuais têm de mostrar mais eficiência e capacidade de cooperação entre si. Num país pobre, eles precisam justificar cada centavo que o povo neles deposita. Um recente estudo da OCDE mostra que o Brasil é o país que mais gasta com universidades e não tem o retorno que deveria.

Este silêncio, essa flagrante omissão no especificar soluções multidisciplinares, em entrar nos detalhes, a tendência de ser simplesmente contra alguma coisa, não justifica o salário. Corremos o risco de o povo, os políticos, os governantes, não mais acreditarem na manutenção da classe intelectual.

Leia o texto completo em http://bit.ly/bBg2s0

Ciência é paixão - Francisco Antonio Doria

- Pesquisa e ensino são indissociáveis porque você só ensina bem aquilo que você faz, aquilo para o que você contribui. Quem abre o livro, lê dali, e explica para o aluno é ator de telecurso, e não professor.

- Qualquer coisa na vida, para ser bem feita, exige talento. Ciência também, obviamente.

- Cientista produz: descobre coisas, inventa, escreve sobre o que pensou, criou. Hoje em dia há pilhas de revistas científicas, e, desde que você escreva alguma coisa minimamente razoável (insisto: minimamente razoável) você arranja algum lugar interessante para publicar suas idéias. O mercado é favorável a quem escreve.

- Formar pessoal, isto é, orientar teses, é uma coisa; fazer pesquisa é outra. Se você trabalha na fronteira, em questões difíceis, é loucura oferecê-las como tema de doutorado ou, pior, mestrado. (Tanto que formação de pessoal é coisa da Capes, e pesquisa, do CNPq).

- Dar aulas, participar de bancas, de comitês, de avaliações, é serviço obrigatório. Todo mundo deve fazê-lo. Não pode contar como trabalho de pesquisa…

- Ciência é paixão.

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